El objetivo de este trabajo es exponer y analizar un estudio de caso. Se trata de un conflicto social surgido a partir de un proceso de “recuperación territorial ancestral” promovido por la comunidad mapuche Lof Inkaial WalMapu Meu en el área cordillerana de la provincia de Río Negro y en cercanías de la ciudad de Bariloche. El foco está puesto en narrar el escenario de la divergencia ideológica y del conflicto entre el Estado y sus instituciones y los mapuches, presentando las concepciones y argumentos de los actores con respecto al proceso de recuperación y a las razones que lo justifican. Este proceso tiene varias aristas particulares: la no presencia histórica de la comunidad mapuche en el área; una explícita condena de la “Conquista del Desierto”, negando al Estado argentino todo derecho sobre el territorio; el encontrarse el área recuperada dentro de un Parque Nacional; y la presencia de un fuerte rechazo por parte de los pobladores “vecinos” de la recuperación.
The aim of this paper is to present and analyze the case of a recent social mobilization which involved a Mapuche community in the southern region of Argentina, known as Patagonia. An “ancestral recovery of land” was claimed to be the objective of the action. Several conflicts emerged due to the fact that the land in conflict is part of the Nahuel Huapi National Park, which implied a straightforward questioning of the National State rights over territory. Apart from that, the recovery process was strongly rejected by local residents. This brought about a new conflict that required the local government's mediation.
O objetivo deste trabalho é analisar um estudo de caso. Trata-se de um conflito social que surgiu a partir de um processo de “recuperação territorial ancestral” promovido pela comunidade mapuche Lof Inkaial WalMapu Meu na área da cordilheira dos Andes, na província de Rio Negro e nas proximidades da cidade de Bariloche. Fizemos foco em narrar o cenários das divergências ideológicas entre o Estado junto com as suas instituições por um lado, e os mapuches pelo outro, apresentando para isso as concepções e argumentos dos atores com relação ao processo de recuperação e às razões que o justificam. Este processo tem varias aristas particulares: a ausência de presença histórica da comunidade mapuche na área; uma condena explícita da “Conquista del Desierto” (Conquista do Deserto) negando ao Estado argentino todo direito em relação ao território; o fato de que a área recuperada encontra-se dentro de um Parque Nacional; e a presença e uma forte rejeição por parte dos povoadores “vizinhos” da área recuperada