Este artículo argumenta que, históricamente, los pueblos indígenas de Bolivia han sido conscientes de los límites que entraña el concepto de “ciudadanía” y la política moderna como herramientas para luchar contra la exclusión de sus formas de vida. Sin embargo, y a pesar de ello, no han descartado completamente el concepto de “ciudadanía” sino que lo han transformado de maneras novedosas para defender sus proyectos de existencia. Dos conceptos claves guían esta reflexión: el primero es el concepto de “igualdad” inspirado en Jacques Rancière y el segundo es el concepto de “diferencia colonial”. El artículo sugiere que el concepto de “ciudadanía indígena” es una forma de aprehender y analizar el potencial transformador que tiene el combinar indigeneidad y ciudadanía.
This paper argues that historically, indigenous peoples in Bolivia have been aware of the limits of citizenship and Western politics in countering the exclusion of their life-world from modernity. However, notwithstanding this, they have not entirely discarded the concept of citizenship, but have supplemented it in novel ways in order to reinstate a place for their own life-world. Two key concepts guide the discussion. This first is the concept of equality inspired by Jacques Rancière’s emphasis on a presupposition of equality by the excluded, those who do not count, and the literature on ‘acts of citizenship’. The second concept is that of “colonial difference” invoked to modify the world that has excluded indigenous peoples and to reinstate a place for their own life-world. The paper suggests that the concept of ‘acts of indigenship’ is a productive way to apprehend and analyze the transformative potential of combining concepts of indigeneity and citizenship.
Este artigo argumenta que historicamente os povos indígenas da Bolívia são cientes dos limites da cidadania e política ocidental no ato de combater a exclusão do seu mundo-vida da modernidade. Todavia, eles não descartaram o conceito de cidadania inteiramente mas o suplementam em novas formas para reestabelecer um lugar para o seu próprio mundo-vida. Dois conceitos guiam a discussão. O primeiro é o conceito de igualdade inspirado pela ênfase que faz Jacques Rancière na pressuposição de igualdade em relação aos excluídos, aqueles que não são contados, e a literatura relativa aos “atos de cidadania”. O segundo conceito é o de diferença colonial que é invocado para modificar o mundo que tem excluído povos indígenas. O artigo sugere que o conceito de “atos de indígedadania” (indigenship) é uma forma produtiva de apreender e analisar o potencial transformador de combinar os conceitos de indigeneidade e cidadania.