This article analyzes how racial categories are produced and reproduced in Buenos Aires, Argentina’s capital city. To that end, this article focuses on the cases of three Afro-Descendant porteña women who, by local standards, are fully white. Their stories allow us to explore, in the first place, how categories like “black,” “white,” and others are used and understood in contemporary Buenos Aires and how this use configures two types of blackness (racial blackness and popular blackness) and makes it impossible for mestizaje categories to emerge. In the second place, through these cases this article explores how people’s very “ways of being” are at play, creating a discriminatory and oppressive environment for people at risk of not matching the ideal of the nation.
El objetivo del trabajo es aportar al entendimiento de cómo se sostienen y reproducen las categorías raciales en Buenos Aires, la ciudad blanca-europea por excelencia. Para ello, se tomará como hilo conductor los casos de tres mujeres afrodescendientes porteñas blancas. Pensando en los distintos paradigmas (visuales o genéticos) desde que se construye y percibe lo racial, analizaré los modos en que las categorías raciales se configuran impidiendo lo mestizo, forzando la blanquitud y creando dos tipos de negritud: la negritud racial y la negritud popular. Los casos también nos permitirán abordar cómo las “formas de ser” esperables en una sociedad que precia la blanquitud y que no permite la existencia de zonas grises son monitoreadas permanentemente, trazando vivencias de disciplinamiento y trayectorias de ocultamiento y olvido.
Este artigo analisa como as categorias raciais são produzidas e reproduzidas em Buenos Aires, capital da Argentina, considerada um exemplo de cidade “branca e europeia”. Para o efeito, o artigo centra-se nos casos de três mulheres afro-descendentes porteñas que, para os padrões hegemónicos locais, são consideradas totalmente brancas. Suas histórias permitem-nos explorar, em primeiro lugar, a maneira em que categorias como “negro” e “branco” são utilizadas e compreendidas na cidade de Buenos Aires atual e como este uso configura uma ideia de branquidade que dificulta a compreensão do padrão racial mestiço além de criar duas formas de negritude: a negritude “racial” e a negritude “popular”. Em segundo lugar, a análise destes casos permite compreender como os “modos de ser” esperáveis numa sociedade que valoriza a branquidade sem permitir a existência de ambiguidades, são permanentemente controlados, traçando vivências ligadas ao disciplinamento e às práticas de esquecimento.