Las nanotecnologías suman un conjunto de técnicas y conocimientos para manipular objetos a escala nanométrica. Con aplicaciones que podrían impactar en la vida cotidiana, son prioritarias desde los años 2000 en las agendas de investigación tecno-científicas. Sin embargo, persisten las incertidumbres sobre los riesgos sanitarios y medioambientales ligados a su investigación y usos. Este texto abordará las estrategias cognitivas y prácticas de los investigadores en nanociencias para manejar esas incertidumbres. Sobre la base de entrevistas realizadas en centros de investigación parisinos, el análisis avanzará en tres direcciones: 1) la permanencia de un modelo racionalista que, suponiendo una lógica lineal de evaluación y regulación de la tecnología, activa fronteras entre dentro y fuera del laboratorio; 2) la contextualización y relativización de los riesgos en el marco del laboratorio; y 3) su regulación, en ese ámbito, vía procedimientos institucionales inscriptos en el modelo de gestión del riesgo de la higiene industrial.
Nanotechnology is a set of knowledge, technical skills, and instruments that enable to manipulate nanoscale objects. Its applications could impact everyday life and, in many countries, it has been defined as a public policy priority since the beginning of the 2000’s. However, there remain uncertainties about health and environmental risks that are related to the use of nanotechnology. This text deals with the cognitive strategies and practices of researchers in nanoscience in order to deal with such uncertainties. Based on interviews conducted in Paris research centers, three directions of analysis are considered: 1) the permanence of a rationalist and linear model of risk evaluation and regulation that shapes boundaries between inside and outside the laboratory; 2) the contextualization and relativization of risks within the laboratory; and 3) the regulation of risks in the laboratory, via a set of institutional procedures that are mainly aligned with the risk management model of industrial hygiene.
As nanotecnologias constituem um conjunto de técnicas e conhecimentos para manipular objetos na nano escala. Com aplicações que poderiam impactar na vida cotidiana, eles são prioridades desde começos da década de 2000 nas agendas de pesquisa técnico-científicas. No entanto, subsistem incertezas sobre os riscos na saúde e no meio ambiente, associados a suas pesquisas e aplicações. Este texto analisa as estratégias cognitivas e as práticas dos pesquisadores em nanociência para gerenciar essas incertezas. Com base em entrevistas realizadas em centros de pesquisa de Paris, a análise avança em três direções: 1) a permanência de um modelo racionalista que assume uma lógica linear de avaliação e a regulação da tecnologia ativando as fronteiras dentro e fora do laboratório; 2) a contextualização e relativização dos riscos no âmbito do laboratório; e 3) sua regulação, também no laboratório, através de procedimentos institucionais baseados no modelo de gestão de risco de higiene industrial.