This article analyses the communication of terminal prognosis in advanced cancer diseases. Based on an ethnography in a palliative care setting in Buenos Aires, the paper addresses the uncertainty surrounding the disclosure of terminal prognosis, analysing the actors involved in the communication process and the ways in which the terminal prognosis are estimated. The division of labor between oncologists and palliative care specialists, professional traditions on disclosing information, and the gradual way in which palliative care professionals reveal the information, contribute to produce ambiguity and uncertainty in terminal prognosis. Usually attributed to individual responses to an impending death, uncertainty and hope are presented here as social and interactional products.
El objetivo del artículo es analizar la comunicación de malos pronósticos en enfermedades oncológicas avanzadas. A partir de una etnografía en un servicio de cuidados paliativos de la ciudad de Buenos Aires, se aborda la incertidumbre que rodea a la comunicación del pronóstico de terminalidad, examinando el papel de los actores que participan en el manejo de la información y la forma en que tales pronósticos son construidos. La división del trabajo entre oncólogos y especialistas de cuidados paliativos, las diferencias en las prácticas profesionales en torno a la comunicación de este tipo de información, y la forma gradual en que los profesionales de cuidados paliativos revelan la información a los pacientes, contribuyen a producir ambigüedad e incertidumbre sobre el pronóstico de terminalidad. Comúnmente atribuidas a respuestas individuales ante la inminencia de la muerte, la incertidumbre y la esperanza en torno al pronóstico son presentadas como productos sociales e interaccionales.
O artigo analisa a comunicação do prognóstico em doenças oncologias avançadas. A partir de uma abordagem etnográfica num serviço de cuidados paliativos na cidade de Buenos Aires, o trabalho aborda as incertezas em torno da comunicação do prognóstico de uma doença terminal, explorando o papel dos atores envolvidos na gestão da informação e as formas em que os prognósticos são estimados. A divisão do trabalho entre oncólogos e especialistas de cuidados paliativos, ethos profissionais na divulgação da informação e a maneira gradual em que os profissionais de cuidados paliativos comunicam a informação aos doentes, contribuem a produzir ambigüidades e incertezas sobre o prognóstico de uma doença terminal. Comumente atribuídas a repostas individuais frente a iminência da morte, a incerteza e a esperança em relação ao prognóstico são apresentados aqui como produtos sociais e em interação.